Grau I - A Barreira da Compreensão

Compreender: abarcar em si mesmo; carregar em sua essência; incluir ou abranger-se; ampliar o seu desenvolvimento.

Esta é uma barreira que está em todos os exercícios de todos os Graus, é extremamente sutil fazendo com que sua existência seja notada quando o Magista ultrapassou alguns Graus, o que o faz retornar e revisar não apenas os exercícios básicos, mas principalmente o conteúdo de sua consciência. Esta barreira não necessariamente impede o desenvolvimento nos primeiros Graus, mas a cada exercício que ela é ignorada, se torna cada vez mais densa até ser impossível não a notar, até ser impossível avançar, pois determinados Graus requerem uma consciência firme e bem estabelecida, portanto este texto irá se ater aos ensinamentos dos exercícios. Porque os ensinamentos? pois bem... "eu vou te contar o segredo definitivo da magia: qualquer babaca pode fazê-la." Temos que nos ater ao desenvolvimento da consciência.

Grau I

OBSERVAR, CONCENTRAR E ESVAZIAR

A primeira coisa a ser dita sobre os exercícios mentais do Grau I é que todos os três são atos de desapego. Observar os próprios pensamentos é desapegar-se deles, concentrar por longos períodos é permitir que tudo aquilo requer nossa atenção, na verdade, parta. E esvaziar é literalmente esvaziar: de todas as opiniões, conhecimentos, experiências, sentimentos, desejos: o absoluto vácuo - em Kether não há livros, opiniões, formas ou experiências, apenas um vazio acolhedor.

reflexão, dificuldade para evoluir, caráter, barreira, dificuldade
Para conseguir observar os próprios pensamentos e quebrar o encanto que eles exercem sobre a nossa atenção, é necessário compreender que os pensamentos não são o pensador, ao conseguir observar os pensamentos por longos períodos isso se torna claro: eles vêm de algum lugar, alguns são gerados espontaneamente, outros não e cada tipo de pensamento vem de um lugar diferente. Alguns são puros e carregam um propósito que se absorvido ajuda no desenvolvimento da compreensão e do conhecimento, outros – a maioria – desejam atenção ou causar algum tipo de dor. Ao conseguir observá-los por no mínimo dez minutos você quebra boa parte do poder que os pensamentos exercem sobre você. Quando você percebe, naturalmente, que o ato de observar se tornou inerente a sua natureza você começa a observar a mente externa – o Todo é mental – os atos positivos e negativos das pessoas ao seu redor, e a partir disso  aprende também com os erros dos outros.

Concentração (concentrar a ação), esta é a principal habilidade da Magia Mental, sua energia está onde sua atenção está, experimente se concentrar profundamente na ponta do dedo indicador, olhe-o fixamente com todas as suas forças, a sensibilidade na ponta do dedo irá aumentar e você sentirá um pouco de formigamento. Ao pensar em dezenas de coisas por minuto e milhares por dia, perdemos muita energia mental. Nossa cabeça nunca está no crânio, e sim noutro lugar ou com outra pessoa. Uma das maiores compreensões deste exercício é a percepção do presente: você realmente enxerga as nuvens no céu? Você realmente está presente quando conversa com alguém? Este exercício, aos poucos, traz a consciência para a sua residência natural: o agora. O que desperta grandes quantidades de energia que outrora eram gastas com ilusões passadas ou futuras, a absorção do que é observado também aumenta gradativamente, porque agora, além de observar com desprendimento, você se concentra no objeto observado. Uma certa graça se desenvolve, uma alegria natural com uma enorme exatidão de atos.

Estar em vácuo mental é estar absolutamente ciente de si mesmo, isso pode soar confuso para aqueles que nunca estiverem neste estado, mas é a primeira compreensão deste estado. Um efeito interessante deste exerício é que se você estiver passando por alguma dor emocional e conseguir entrar em vácuo mental, a dor simplesmente some assim como as emoções que a geravam. Para atravessar o portal que leva ao vácuo mental é necessário se despir de tudo aquilo que você sente, acha que sabe ou tem certeza que sabe, no início a concentração é usada para adentrar neste estado, mas conforme o vácuo mental é estabelecido ocorre uma maciez cerebral, toda a tensão é liberada. E se na observação o aprendizado é que você não é o pensamento, na concentração o realinhamento da energia mental, no vácuo mental compreendemos que nossa natureza é o vazio germinador, a causa inicial de tudo o que pode vir a ser. Estar e dominar o vácuo mental é controlar as reações de nossas ações, sejam elas mentais ou físicas.

AUTOCONHECIMENTO OU INTROSPECÇÃO 

Não apenas olhar, mas reconhecer o abismo interior.

Os Outros por Neil Gaiman

“O tempo é fluído aqui,” disse o demônio. Ele sabia que era um demônio no momento em que o havia visto. Ele apenas sabia, do mesmo jeito que ele sabia que aquilo era o inferno. Não havia nenhuma outra coisa que cada um deles pudesse ser.
O salão era amplo, e o demônio esperava próximo de um braseiro fumegante bem ao fim. Havia uma variedade de objetos pendendo nas paredes de granito, objetos cuja inspeção mais detalhada não seria algo sábio, e tão pouco reconfortante. O teto era baixo, o chão, estranhamente irreal.

 “Aproxime-se”, disse o demônio, e ele o fez. O demônio era magro como uma vara e estava nú. Ele tinha muitas cicatrizes, parecia ter sido esfolado em algum momento num passado distante. Não tinha orelhas nem genitais. Os seus lábios eram finos e ascéticos, e os olhos eram olhos de demônio: tinham visto demais e ido muito longe, e frente ao seu olhar ele se sentiu menor que uma mosca.

“O que acontece agora?”, ele perguntou.

“Agora”, disse o demônio, numa voz sem nenhum pesar, nenhum deleite, apenas uma terrível e monótona resignação, “você será torturado”.

 “Por quanto tempo?”

Mas o demônio sacudiu a cabeça e não respondeu nada. Ele caminhou vagarosamente ao longo da parede, observando um e outro utensílio ali pendurados. Bem ao fim da parede, próximo a porta fechada, havia um açoite feito de arame entrelaçado. O demônio o pegou com sua mão de três dedos e andou de volta, carregando-o reverentemente. Ele posicionou as pontas do arame acima do braseiro, e as observou fixamente enquanto elas começavam a se aquecer.

“Isso é inumano”.

“Sim.”

As pontas do açoite brilhavam num laranja fosco.
Ao levantar o braço para a primeira arremetida, ele disse, “Mais adiante você se lembrará até deste momento com carinho”.

“Você é um mentiroso.”

 “Não”, disse o demônio. “A próxima parte,” ele explicou, um instante antes de baixar o açoite, “é pior”. Então as pontas do açoite se chocaram nas costas do homem com um estalido e um chiado, rasgando através das roupas caras, queimando, cortando e rasgando o que tocavam e não pela última vez naquele lugar, ele gritou.
Havia 211 instrumentos naquela parede e ele experimentaria cada um deles no seu próprio tempo. Quando, finalmente, a Filha do Lazarento, que ele acabou conhecendo intimamente, foi limpa e recolocada na parede na duodécima primeira posição, só então, através dos lábios rachados, ele cuspiu, “E agora?”

 “Agora,” disse o demônio, “a verdadeira dor começa.”

E começou.
Tudo o que ele havia feito, que teria sido melhor deixar por fazer. Toda mentira que ele contou – para si mesmo ou para os outros. Cada pequena dor e todas as grandes dores. Cada coisa foi puxada de dentro dele, detalhe por detalhe, centímetro a centímetro. O demônio o despiu da proteção trazida pelo esquecimento, despiu  tudo até chegar a verdade, e aquilo doeu mais do que qualquer outra coisa.

“Diga-me o que você pensou quando ela saiu porta afora,” disse o demônio

 “Eu pensei que o meu coração havia se partido.”

 “Não”, disse o demônio, sem ódio algum, “você não pensou isso”. Ele o olhava com olhos inexpressivos, e ele foi forçado a desviar a vista.

 “Eu pensei que ela nunca iria descobrir que eu estava dormindo com a irmã dela.”

O demônio desconstruiu a vida dele, cada momento, cada terrível instante. Durou cem anos, quem sabe, ou mil – eles tinham todo o tempo que existia, naquele salão cinzento – e próximo ao fim ele percebeu que o demônio estava certo. A tortura física tinha sido mais gentil.
Finalmente, havia terminado.
E uma vez que havia terminado, começou novamente. Havia um auto-conhecimento que ele não tivera da primeira vez que, de alguma forma, fazia tudo ainda pior.
Agora, enquanto ele falava, ele se odiava. Não havia mentiras nem evasivas, nenhum espaço para nada exceto a dor e a raiva.
Ele falou. Não chorava mais. E quando terminou, mil anos depois, ele rezou para que o demônio fosse à parede e trouxesse a faca de esfolamento, ou o sufocador, ou a morsa.

 “De novo”, disse o demônio.

Ele começou a gritar. Ele gritou por um longo tempo.

 “De novo”, disse o demônio, quando ele havia terminado, como se nada tivesse sido dito.

Era como descascar uma cebola. Dessa vez ele aprendeu sobre conseqüências. Ele aprendeu sobre o resultado das coisas que ele havia feito; coisas para as quais ele havia estado cego quando as fez; as maneiras que ele havia machucado o mundo;  o dano que ele havia feito a pessoas que ele não conhecia, ou que nunca havia visto, ou encontrado. Foi a lição mais difícil.

 “De novo”, disse o demônio, mil anos depois.

Ele se curvou ao chão, ao lado do braseiro, ninando-se gentilmente, os olhos fechados, e contou a estória da sua vida, revivendo-a enquanto a contava, do nascimento a morte, sem mudar nada, sem omitir nada, enfrentando tudo. Ele abriu seu coração.
Quando havia terminado, se sentou ali, os olhos fechados, esperando a voz dizer “De novo”, mas nada foi dito. Ele abriu seus olhos.
Vagarosamente ele se levantou. Estava só.
Do outro lado do salão havia uma porta, e ela se abriu enquanto ele olhava.
Um homem entrou através da porta. Havia terror na face do homem, arrogância e orgulho. O homem, que vestia roupas caras, deu muitos passos hesitantes na sala, e então parou.
Quando ele olhou para o homem, ele entendeu.

“O tempo é fluído aqui”, ele disse.

Coloque-se dentro de um triângulo, acenda velas para si mesmo e evoque seu próprio nome, pois somos todos demônios. Se você se enxerga como algum ser divino, retorne para o planeta Terra: Quantas mentiras contamos para os outros e para nós mesmos? Quão confortável é permanecer num relacionamento vazio simplesmente por temer destruir para reconstruir? De todas as palavras que você diz, quantas ferem os outros e quantas exprimem ódio e raiva? Quantas pessoas você manipulou? Quantas você teve que destruir? E o estranho é que tememos espíritos. 

O autoconhecimento é um processo doloroso, que isso fique bem claro, você não encontrará flores e um tapete vermelho indicando o Caminho, não há trilhas, apenas migalhas que não indicam direção alguma. Somente quando classificamos uma grande quantidade de aspectos positivos e negativos através da constante auto-observação é que o Caminho se torna mais claro, e as migalhas começam a adquirir a forma de setas. É precisar trazer a atenção que você irá chorar, irá desejar nunca ter conhecido seus erros e tudo aquilo que você reprimiu pensando que manteria alguma felicidade com a esperança de não ser superficial. E para reciclar e transmutar todo este lixo além da alimentação e respiração conscientes temos que agir em todas as áreas da vida. Destruir o que não imbui nenhum propósito, e fortificar o que é verdadeiro para a nossa experiência pessoal.

O CORPO MATERIAL

reflexão, dificuldade para evoluir, caráter, barreira, dificuldade
Creio que para muitos praticantes esse pode ser facilmente o fator mais difícil da prática mágica e o mais fácil a ser negligenciado. No início, muitos praticantes têm a cabeça nas nuvens, sonham com poderes, evocações de reis elementais e viagens interestelares e esquecem completamente do corpo material – sem mencionar o plano físico. Num corpo não consciente e sem saúde, a mente não consegue se desenvolver. Sem um mínimo de alongamento diário o chi não flui e o desânimo e a falta de energia facilmente alcançam-nos. Sem higiene física – sem mencionar a mental - atraímos energias e até mesmo entidades negativas. No corpo físico se manifestam todas as ações dos outros corpos, por isso sua observação pode trazer grandes aprendizados. É necessário refletir também sobre o que comemos, não em termos de ser vegetariano ou não. Tudo o que comemos se torna nosso corpo, se você comer uma banana agora, daqui algumas horas essa banana será você, fará parte da sua corrente sanguínea, e se o corpo achar necessário começará a construir músculos, o cálcio será levado aos seus ossos e ano após ano, seus ossos se tornam completos pedaços de tudo o que você comeu, assim como seu cérebro, sua pele, seus olhos: seu corpo. Observe a carga energética de tudo o que você come, pois, esta energia alimentará seus átomos. Da próxima vez que colocar as mãos sobre a comida para encantá-la com algum aspecto positivo, tenha em mente tudo isso. Tudo que você come influenciará fortemente – não determinará – seus pensamentos, emoções e saúde física. Creio que não preciso mencionar mais nada sobre isso.

Como o texto ficou um pouco grande não irei comentar sobre as barreiras do Grau II nesta postagem, mas futuramente farei.

Bons treinos!
Lucas Augusto.

BIBLIOGRAFIA

GAIMAN, Neil: Coisas Frágeis. São Paulo: Conrad Brasil, 2010.

Trabalhando com o Arcanjo Gabriel - Parte IV

Por William Mistele

MANIFESTAÇÃO DO ARCANJO GABRIEL NO PLANO ASTRAL

No plano astral, o contato com Gabriel se torna mais emocionalmente intenso. Não é uma explicação da história humana como no Plano Akáshico ou uma garantia de que o amor governa o universo, como no Plano Mental. A Manifestação de Gabriel no Plano Astral assume um sentimento divino que flui através de nós.

Até mesmo um contato casual com Gabriel pode resultar em emoções avassaladoras. Dizem que os pastores de ovelhas ouviram os anjos cantarem para eles no nascimento de Cristo. No meu caso, vi o céu cheio de coros angelicais e os ouvi cantando porque este é um efeito de estar na presença de Gabriel. A beleza de Gabriel é surpreendente e quase paralisante. Uma coisa é ver Gabriel por intermédio da clarividência no Plano Akáshico e Mental, em ambos os casos é como enxergar com os olhos interiores. Mas no Plano Astral, sua presença é tão real quanto se você estivesse interagindo com alguém bem na sua frente.

O mundo possui um certo momentum e peso que mantém as coisas no lugar e que também traz mudanças. Mas há sonhos que têm mais peso, impulso e poder do que todas as forças e necessidades que compõem o mundo externo e nossas identidades sociais e históricas. Aqueles que incorporam esses sonhos dentro de si atraem o futuro para o presente. Eles são os catalisadores que mudam o mundo. O que eles sentem dentro deles se tornará o que os outros também sentem. O que eles veem como o ideal se tornará a realidade.

Existem profecias autorrealizáveis que são como esquemas de uma pirâmide, as pessoas as canalizam por causa da ganância. Mas nada de novo é produzido nesses esquemas. Há apenas muita excitação e confusão de identidades pessoais.

No entanto, há também sonhos onde o carisma do sonhador não é arbitrário ou projetado para manipular os medos e desejos dos outros. Este tipo de profecia é eficaz porque proclama o que o amor requer de nós. Surge de um fogo eterno e é canal de um amor que não esgota. Você sabe quando isso te toca, porque o sabor é satisfatório e sob sua influência sua vida encontra maior poder e é vivida com uma ordem divina.

Como sugeri, no Plano Astral, você obtém a experiência que é mencionada repetidamente por vários profetas. Você se sente elevado e ampliado além do seu corpo. Você encontra realidades, poderes e espíritos divinos, dialoga com eles e obtém visões como se você estivesse completamente presente, vivendo e respirando entre eles. É fácil ficar sobrecarregado neste nível, mas se suas intenções forem claras e você tiver algum treinamento básico, é perfeitamente natural trabalhar dessa maneira.

Algumas pessoas passam por uma experiência espiritual esmagadora e então moldam suas crenças e seu caminho de vida a partir desta experiência. Um Mago procura experimentar todo o espectro da Luz e do Amor divino. Ele não se apega a uma visão ou ideal e depois tenta vendê-la para os outros como uma forma de se auto validar.

O Plano Astral está carregado de energias sobre-humanas, visões, experiências e êxtases. Um Mago se familiariza com elas através da experiência. Ele não permite que seus olhos fiquem cegos pela intensidade da Luz que ele encontra. Ele não permite que sua mente congele e se feche, tornando-se ríspida. Isso, ás vezes, acontece com aqueles cujas emoções pessoais exigem que eles sejam alimentados com verdades simples em um ambiente seguro onde a liberdade de escolha é bem reduzida.

Se você é um Cabalista, parte da prática mágica é internalizar as qualidades e poderes dos seres espirituais com quais você trabalha. Com Gabriel, você adquire a capacidade de transmitir aos outros uma sensação de bem-estar, paz e serenidade. Você lhes dá uma experiência de ser completo, de sentir tudo o que eles são e toda a experiência de vida deles são guardadas e abraçadas pelo amor.

A habilidade de Gabriel nesta área é absoluta. Ele compreende bem que tudo foi criado pelo amor. Conhecer Gabriel é semelhante e estudar com a ajuda de um professor em uma universidade.  Exceto que esta é a universidade da sabedoria cósmica e da criatividade divina, onde a graduação leva a unidade com o universo.

Uma das coisas que muitas vezes encontro ao trabalhar com os espíritos de várias esferas, é que para muitos deles, o universo físico e o espiritual não estão separados. O amor criou os dois. O amor tem poder absoluto sobre os dois. As forças e poderes que moldam nossas vidas e também a história da humanidade são gigantescas. Às vezes estas forças são benevolentes e às vezes são hostis. Mas Gabriel tem uma sabedoria que leva ao domínio sobre elas.

A profecia não é uma atividade passiva através da qual o profeta, usando da clarividência ou da iluminação divina, de alguma forma determina o que será. Existe um componente ativo, o profeta é autorizado através do poder da fé, da convicção e de sua união interna com a divindade a auxiliar na realização de tudo o que é importante na vida. O profeta é ele mesmo uma testemunha de seu próprio corpo e um templo através do qual a Presença Divina aparece na Terra. Parte da tarefa de Israel era mostrar que somos todos profetas, que somos todos templos de Deus.

É, portanto, da natureza de Gabriel não só nos permitir ver um sonho e sentir sua realidade, mas também personificar o sonho em si mesmo a tal ponto que você se torna uma causa ativa para manifestá-lo. Contudo, novamente, esta é a natureza de Yesod, a esfera sobre a qual Gabriel governa. A aura da lua é tão ampla e clara, tão serena e calmante, que os maiores poderes e causas podem se mover através dela sem se tornarem distorcidos ou perderem efeito.

Gabriel não intervém em sua vida ou te sobrecarrega com uma experiência espiritual absoluta. Ele simplesmente mostra a verdade sobre quem você é e as coisas que você ama. Ele dá um sabor de felicidade que está subjacente a tudo o que existe. E então você compreende que o amor está guiando e moldando todas as coisas. Parte desta Luz e felicidade radiantes fluem naturalmente através de você e se estendem àqueles ao seu redor.

Anteriormente, citei Gabriel dizendo que a emanação divina flui e ilumina-o. Esta emanação divina naturalmente se estende aos outros. Ao trabalhar com Gabriel, você percebe que se tornando calmo e sereno, uma força espiritual também flui através de você e se estende aos outros quais você está conectado. Esta corrente é independente, não é que você não esteja consciente de suas atividades e efeitos, é que esta força não precisa de nenhum esforço de sua parte para se sustentar. Sua aura se torna como um espelho refletindo uma Luz Divina para as vidas dos outros.

MANIFESTAÇÃO DO ARCANJO GABRIEL NO PLANO FÍSICO

Para trazer Gabriel para o Plano Físico, você precisa se concentrar em condensar a Luz para que ela pareça sólida e substancial. O resultado é que você é capaz de expressar poder com ternura. Sensualidade e realização fluem com felicidade divina, e o carinho traz cura para os outros. Como na encarnação de Cristo, o corpo se torna um templo de Deus. Um profeta diria: “Os jovens terão sonhos e os velhos terão visões”. Nossos cinco sentidos se iluminam. 

Nesse modo de experiência, prazer, satisfação e gratificação não levam a uma busca incessante por mais sensações, em vez disso, o prazer é uma ponte para completar a liberdade. A satisfação é a iniciação na sabedoria e a gratificação é a experiência da transformação. A necessidade humana e a realização de sonhos são parte de uma pompa sagrada e celebração divina.

O corpo com todo o seu sistema nervoso, os sentidos, a fisiologia, a bioquímica, a neurologia, os chacras, os meridianos, toda a anatomia científica e oculta se tornam um instrumento sobre o qual tocamos canções de beleza e amor. Aprendemos as cordas, as notas, as harmonias. Cada aspecto dos sentidos humanos e da experiência física são percebidos como uma canção de felicidade e nós procuramos dominá-los para que possamos conhecer e expressar a divindade que brilha dentro de nós.

Se os Puritanos¹ que chegaram na América na época da colonização tivessem conhecido Gabriel, e o tivessem evocado para o plano físico, eles não seriam conhecidos por sua feroz e rígida disciplina, mas sim por suas canções e danças que seriam agora celebradas entre todos os povos e nações da Terra. E os índios americanos apreciariam mais o dom das visões de Gabriel trazida pelos Puritanos do que os cavalos que o homem branco lhes dava.

1. Diz-se da pessoa que fazia parte do credo presbiteriano rigorista, praticado na Grã-Bretanha durante o século XVI, cujos preceitos se pautavam no cristianismo puro, sendo os prazeres do mundo negados.

A presença de Gabriel pode derreter a pior culpa e vergonha do Puritano e substituir por felicidade e satisfação. É forte o suficiente para remover a cobiça do comerciante mais avarento e substituir por um desejo de doação. Isso porque, em Gabriel, a sensualidade do corpo e a mais pura chama do espírito convivem em um lugar de paz. Os tesouros da Zona Lunar sobre os quais Gabriel preside são: contentamento, felicidade, serenidade e paz. Aqui, os véus do tempo e as barreiras que separam os mundos internos e externos são dissolvidos. Compreendemos então como cooperar e expressar o espírito que habita em nós.

Meditar com Gabriel no Plano Físico é experimentar um êxtase sutil e claro que obviamente deve ser parte de nossa existência física. Não há fim para as profundezas desta felicidade e todas as suas nuances são preenchidas com visões de como aceitar e também transformar o mundo em que vivemos.

Autor: William Mistele
Tradução: Lucas Augusto


MISTELE, William. Gabriel. Disponível em: <http://williammistele.com/gabriel.html>. Acesso em 11/06/2018.

Grau I - O Poder da Concentração - Parte I

Por Pretice Mulford

O pensamento é uma substância como o ar ou qualquer outro dos elementos sensíveis que a química nos faz conhecer. A sua força tem graus numerosos e variados. Uma inteligência poderosa equivale a uma vontade firme. Algumas pessoas têm um espírito tão fraco, em confronto com o do magnetizador mais forte que não podem resistir. Outras, de espírito mais forte, podem submeter-se voluntariamente. Ninguém poderá, porém, assenhorear-se de vós se lhe resistirdes com o pensamento e se, no sentirdes que vos estão dominando chamardes em nosso auxílio uma potência superior.

Quando vamos dormir, o espírito por causa da sua fadiga do dia, difunde-se pelo espaço, abandonando o corpo, e, por isso, resta a este tão pouca força que cai no estado de transe chamado sono. E assim como o magnetizador faz sair o espírito do corpo do paciente, assim também o nosso espírito se retira do nosso corpo, cansado dos numerosos esforços efetuados durante o dia. O nosso corpo não é o Eu real. A força que move a nossa talante é o nosso espírito, que é um organismo invisível, totalmente distinto e separado do corpo. O nosso  espírito (o  Eu verdadeiro) serve-se do corpo , como o carpitenteiro se serve do seu martelo ou de uma ferramenta qualquer, para executar um trabalho.

É que o espírito está fatigado à noite. Acha-se exausto e, por consequência, já não pode servir-se do corpo com vigor. O corpo, em realidade, está sempre forte, como o martelo do carpinteiro, que tem a mesma força, ainda quando o braço esteja muito fraco para servir-se dele.

De noite, o espírito é fraco porque no correr do dia, as suas forças pensantes se irradiam em tantas direções diferentes que já não pode reuní-las. Todo pensamento é uma dessas forças, uma parte do vosso espírito. Todo pensamento, expresso ou não, apesar de ser invísvel, é uma coisa, uma substância tão real, como a água ou o metal. Qualquer pensamento, ainda que não expresso, é alguma coisa que vai à pessoa, à coisa ou no lugar para o qual é dirigido. O vosso espírito dirigiu-se, pois, no correr  do dia, a mil ou talvez a dez mil direções diferentes. E, ao pensar, agis. Todo pensamento representa emissão de forças. Projetando ou expandido assim as nosas forças, durante dezesseis ou dezoito horas consecutivas, à noite já não nos resta no corpo o suficiente para alimentá-lo. E é por isso que ele cai no estado de insensibilidade a que denominamos sono. Em tal estado, o espírito recolhe as suas forças dispersas, os seus pensamentos projetados longe; torna a entrar no corpo com suas forças assim concentradas e dele toma novamente posse. Suponde muitos regatos a correrem em diversas direções, reuní-os em um só e tereis a força que faz girar a roda do moinho.

Se pudésseis reconduzir imediatamente todo o vosso espírito ao seu centro e reunir as suas forças dispersas, tornar-vos-eis tão bem dispostos, apenas em tantos minutos quantas as horas que gastaríeis para repousar. Este segredo, conhecia-o Napoleão I, e era assim que se sustentava com pouquíssimo dormir, durante as suas campanhas, nas quais tinha necessidde de ter sempre à disposição o máximo das suas forças. 

É um poder este que todos podem adquirir com um certo exercício de descanso.

Trata-se, antes de mais nada, de pôr o corpo em um estado de repouso tão perfeito quanto possível, evitando todos os movimentos físicos involuntários, como o balancear de ombros, o bater dos pés, o tamborilar dos dedos, etc.

Todos esses movimentos involuntários malgastam-nos as forças e, o que é pior ainda, habituam o nosso inconsciente a destruí-las e desbaratá-las. A ação involuntária da inteligência, o extravio do espírito em todas as direções, encaminhando-se para pessoas, coisas, planos ou projetos, o dispêndio do mesmo, seja grande ou pequeno, há de ser também cuidadosamente mais completo repouso possível. A concentração do pensamento na palavra recolhimento ou ainda o imaginar que o vosso espírito, posto, por meio de uma espécie de filamentos elétricos, em relação com pessoas, lugares ou coisas mais distantes, é atraído para vós e concentrado num só ponto, é útil para realizar isso, portanto, aquilo que assim imaginais é uma realidade espiritual, Isto é, sois realmente um espírito e, por ação do espírito, sois aquilo que imaginais. Toda imagem e toda invenção vista claramente pelo espírito é de substância espiritual, mas de tanta realidade como um objeto de madeira ou ferro, ou de qualquer matéria, na qual mais tarde poderá ser personalizada e fazer-se visível aos olhos corporais, e cuja ação constitui realmente a base física da existência.

Se um indivíduo pensa ou imagina matar, naquele mesmo ponto lança no espaço um elemento homicida e deita fora uma ideia de morte tão real como se a deixasse impressa sobre um papel. O pensamento é absorvido pelos homens, e assim, essa ideia ou intenção de morte, ainda que invisível é absorvida por outras inteligências, que se sentem, desta maneira, inclinadas à violência e até mesmo ao assassínio. Se uma pessoa pensa continuamente na moléstica, lança fora de si os elementos de toda classe de doenças, se pensa na saúde, na força, na alegria, lança no espaço elementos de ideias de saúde e de força, que afetam aos outros como a si mesma. Um homem deita fora de si, em ideias precisamento aquilo que ele - ou por outra, o seu espírito - contém em maiores proporções, "Um homem é tal qual ele pensa ser": O nosso espírito não é mais do que um conjunto de ideias, de tal maneira que aquilo em que mais pensamos é o que constitui, em realidade, o nosso espírito. O que imaginamos, pois toma para nós aparências de realidade. As ideias e pensamentos que o nosso espírito lança no espaço num minuto apenas, com muita dificuldade as poderíamos escrever numa hora ou mais.

Se juntarmos todas as nossas forças espirituais,  teremos reunido e concentrado todo o nosso poder, o qual podemos desta maneira, dirigir sobre as coisas ou sobre o lugar que nos aprouver.

Quando os olhos e a inteligência são dirigidos a um mesmo objeto ou coisa, que excedem às nossas próprias energias, como, por exemplo, um ponto determinado na parede, as ideias positivas ou irradiações que nos ligam com o exterior são arrastadas para aquele centro comum. O fixarmos toda a nossa força espiritual numa só coisa nos aproxima dela, quer esteja perto quer esteja longe o ponto de contato. Antes deste efetuar-se, o espírito é como que uma mão aberta e com todos os dedos estendidos, quando a ideia se fixa, tendo desenvolvido toda a sua ação, o espírito vem a ser como um punho, completa e fortemente fechado.

Quando dirigimos o nosso pensamento para qualquer coisa exterior, emitimos força, e quando o concentramos num só objeto e, deste modo, o retemos e evitamos a sua divagação em todo momento, aumentamos as nossas forças.

Do nosso ser real emana, de contínuo, a cada pensamento, um raio sutil, à  guisa de centelha elétrica, que representa, igualmente, a nossa vida, força e vitalidade, e que atinge o objeto, lugar ou pessoa a quem vai diretamente dirigido, ache-se muito perto ou muito longe de nós.

O nosso espírito é a nosa força real e positiva. Quando erguemos um peso, pomos toda a nossa força no músculo que o levanta. Ao fazermos um esforço qualquer, pomos nele a maior parte da nossa força espiritual ou talvez toda. E se naquele momento uma parte apenas do nosso espírito toma outra direção, qualquer noisa nos assusta e importuna, é certo que uma parte da nossa força nos abandonará. Qualquer dessas diversões nos terá substituído uma parte da força que havíamos de pôr na elevação do aludido peso.

MULFORD, Pretice. Nossas Forças Mentais: Seu Uso e Aplicação na Vida Diária. Pensamento. São Paulo, 1960.

Grau II – É Preciso Vibrar Para Transmutar

Observação: neste artigo irei usar como exemplo a paz, porém as instruções abaixo podem e devem ser aplicadas a todo e qualquer aspecto positivo (qualidade).



Ao acordar você realiza corretamente a autossugestão: eu estou em paz, em seguida a inspiração por dez vezes com a mesma afirmação. No café da manhã, no almoço e na janta abençoa a comida¹ com a mesma intenção, durante o banho ao esfregar o corpo físico visualiza que seu corpo espiritual está sendo limpo: a irritação, ansiedade e a inquietação estão sendo absorvidas pela água e indo embora pelo ralo e a mais pura paz te preenche, antes de dormir executa novamente a respiração consciente com a mesma frase: eu estou em paz, e  a autossugestão com o auxílio do cordão de contas.

Algumas semanas passam... nenhuma mudança.

Alguns meses passam... nenhuma mudança.

"O que estou fazendo errado?"

Atualmente, com diversas filosofias new ages e a propagação do pensamento positivo, cometemos um grave erro: o coração positivo. Pensar positivamente, mas se sentir pessimista, fará você continuar vibrando de forma pessimista. Pensar em coisas felizes e boas, mas no fundo do seu âmago se sentir infeliz, você continuará vibrando infelicidade, e assim sucessivamente.

Ainda seguindo nosso exemplo: eu estou em paz; durante o exercício de transmutação, em todas as suas etapas – respiração consciente, alimentação consciente e autossugestão – é mandatório que durante o exercício você, literalmente, busque – e aos poucos conseguirá – fazer com que cada fio de cabelo, cada órgão interno, cada pelo do corpo, cada camada da epiderme, cada molécula e átomo e todo o coração – das profundezas a superfície – vibrem² paz (ou o aspecto que você está buscando).

Somente desta forma a transmutação ocorrerá, ao contrário: despertar pela manhã e fazer a autossugestão desanimado, comer avaliando a hora, esquecer da respiração consciente e quando não esquecer de fazer apenas com um pensamento mais ou menos firme, sem se sentir sendo preenchido pelo aspecto positivo, a transmutação não terá nenhum resultado.

Portanto, tenham cuidado com promessas teóricas sem prática. E filosofias que pregam um pensamento fugaz e passageiro, além de pensar, ao transmutar: termos de ser o aspecto desejado, não no futuro, não no passado, pois: eu estou em paz.

1 - Com as mãos sobre o alimento e com uma forte intenção, visualize a comida sendo preenchida por pura paz (ou o aspecto que você está buscando: humildade, desenvoltura, inteligência, etc). Você pode visualizar a paz caindo sobre a comida como uma corrente de energia surgindo do infinito, ou qualquer outra técnica que seja confortável para você mas que envolva uma forte intenção e principalmente: todo o seu corpo vibrando o aspecto em cada mastigação, durante todo o processo de alimentação.

2 - Vibração é movimento.

Bons Treinos!
L.A.

Artigos relacionados
Grau II - A Transformação do Caráter e as Obsessões Espirituais
Grau II – Alquimia Interior e Potencialidades

Trabalhando com o Arcanjo Gabriel - Parte III

< Parte II

 Por William Mistele


GABRIEL ENTRANDO NA ZONA DA TERRA

A Pedido de Deus, Gabriel se manifesta para revelar visões divinas e seus significados na história da humanidade, este processo é iniciado sem a intenção humana. É completamente apropriado e natural trabalhar ativamente com Gabriel, neste caso é nossa fé, energia e vontade que servem como um veículo ou meio pelo qual Gabriel entra em nosso mundo. Este processo de manifestação tem um significado diferente e um conjunto de efeitos de acordo com o grau em que você o traz através dos planos.

MANIFESTAÇÃO DE GABRIEL NO PLANO AKÁSHICO

Conforme você traz Gabriel para o Plano Akáshico da Zona da Terra, você obtém uma compreensão sobre a todas as suas experiências por meio de uma profunda paz e compaixão. Você enxerga toda a sua encarnação como uma flor desabrochando, uma corrente que flui para o mar, um viajante atravessando o deserto – ainda que você receba amor e os tesouros da amizade, você também tem a oportunidade de compartilhar bondade com os outros para iluminar a passagem, embora a jornada de cada indivíduo tenha suas próprias exigências.

A vida chega a todos nós com grandes incertezas, confusões são construídas.  Nós nunca temos certeza de que nosso amor é suficiente para mudar os outros ou a nós mesmos ou nos levar à realização. Com Gabriel, aprendemos a sentir que somos parte de um mar. Sentimos as ondas, as marés e as correntes da existência. Descobrimos que o amor que flui através de todos nós surge de um mar de amor infinito. Não há cessão do fluxo do amor. Não existe um propósito que não possa ser cumprido. Não há sonho que não nos alcance e se manifesta no momento certo.

Há uma força muito grande que resulta de possuir essa confiança interior. À medida que viajamos no tempo – estamos, a cada segundo, viajando para o futuro - e tentamos cumprir nosso trabalho e nossas buscas, nunca perdemos nosso senso de estarmos unidos ao coração da vida, de estarmos unidos com o amor dentro de nós.

Os reis de Israel falharam continuamente em desempenhar seu papel na representação da Providência Divina na Terra, ao adorar ídolos, suas consciências perderam a conexão com o Akasha e com a Luz mais elevada que não usufrui de forma para se expressar. Eles engaram os pobres e com arrogância e ganância espalharam a injustiça por suas terras.

Então, o profeta Isaías disse ao rei Ahaz, “Pede para ti ao Senhor teu Deus um sinal; pede-o, ou em baixo nas profundezas, ou em cima nas alturas” e embora Ahaz recusou, Isaías ofereceu o maior sinal de todos, “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.”

Isaías com a voz da profecia estava dizendo: “você e todos os reis das nações não enxergam que o amor não irá falhar. Ele prevalecerá. Se você conhece a verdade do universo, sabe que somos todos irmãos e irmãs. Estamos todos unidos como um só. Ninguém é maior que o outro. Ninguém sofre sozinho. A alegria de ninguém é individual. O amor que flui através de cada um de nós é uma parte de todos nós”.  Existe uma grande força por trás desta perspectiva e nada é mais forte do que isso. Os grandes profetas sentem isso em seus corações, cada um deles.

O efeito mais palpável da presença de Gabriel no plano akáshico da Zona da Terra é percebido no aumento das conexões espontâneas que fazemos com os outros. Como num sonho, encontramos aqueles a quem podemos doar e também aqueles que podem nos ajudar. As oportunidades de amor e compartilhamento são vastamente expandidas. As coisas mais maravilhosas acontecem por si mesmas sem nenhum esforço consciente. É como se, quando dormíamos e sonhássemos à noite, interagíssemos com os outros em seus sonhos e o que sonhamos juntos se manifestam como coisas que podemos fazer e compartilhar. Em outras palavras, torna-se mais fácil e completamente natural expressar através de experiências concretas um amor que flui de alma para a alma nos planos espirituais.

Se todos nós estivermos imersos em um mar de amor, cada ser humano terá um papel a desempenhar no cumprimento dos próprios sonhos e dos sonhos dos outros também. As necessidades dos outros são nossas necessidades também e a felicidade dos outros também é motivo para celebrarmos. Por esta razão, foi uma enorme violação por parte dos reis e príncipes de Israel se aproveitar dos pobres e ignorar os estrangeiros ou refugiados de outras terras. Por isso, Cristo disse: “assim como você fez para o menor destes, você fez isso para mim”. O amor, a única energia que nutre e sustenta a todos nós, é sagrado. Todos nós temos uma grande responsabilidade em honrar e celebrar o amor.
A diferença entre esta perspectiva e uma agenda social para ajudar os pobres e desfavorecidos é esta: com o divino, a doação exterior para o outro é sempre uma demonstração e manifestação de alma para alma. Nós criamos nosso reino angélico, como o reino do Arcanjo Gabriel, pouco a pouco conforme interagimos com os outros.

Doar é sempre um bom gesto. Mas quando você tem um mar de amor em seu coração, o presente doado vibra com um amor sem começo e sem fim. Doar e receber são então o mesmo ato – uma celebração de amor divino. Com Gabriel, aprendemos a nos unir aos poderes da criação para que eles possam se mover através de nós sem serem impedidos ou diminuídos em seu próprio poder de renovar o mundo e torná-lo belo.

A partir desta perspectiva, ser pai não é tão desgastante. Quando você ama seu filho, você enxerga através do tempo e percebe como, no ato do amor, você está amando seu neto também. Você pode ver como sua energia viaja através do tempo. Você pode sentir sua vida na alma do outro.
No plano akáshico, a mensagem de Gabriel para nós é que todo o propósito deve ser cumprido e toda a alma descobrirá que é uma com todas as outras. Estar na presença de Gabriel é como estar em um templo: você entra neste espaço de inspiração para perceber a unidade da vida.

05/08/1998, Gabriel: “Exceto que você possa abraçar sua vida e toda a vida ao seu redor em um puro estado de paz infinita, a menos que você possa mergulhar totalmente dentro da paz para que compreenda sua felicidade, você não terá a força interior necessária para realizar seu destino. Testifico a unidade do amor, da luz, da vida. Tudo que é bom, puro, sagrado, sábio, belo e toda a verdade está dentro de cada um de nós e é parte de cada um de nós. A emanação divina de Deus flui através de mim e ilumina minha mente. Entendo a história do mundo porque não há nada na Terra que não seja sustentado e preservado pelo meu amor. Como a luz é para a noite, minha luz é para aqueles que amam. Eu sou a paz absoluta e a serenidade, tempo unido à eternidade”


MANIFESTAÇÃO DE GABRIEL NO PLANO MENTAL

Nós também podemos trazer Gabriel para o reino da mente, desta forma adquirimos mais explicações do porquê as coisas são como são. Sonhos e profecias também são muito mais fáceis de entender, como Gabriel fez por Daniel ao explicar como um pequeno grupo de cidades-estados gregas derrotaria um imenso império persa.

Mas esta não é uma explicação conceitual ou uma teoria que tenta organizar todos os fatos ou argumentar de uma maneira persuasiva e eficaz, de modo a exercer um domínio sobre todas as outras doutrinas e racionalizações. Este é um modo de enxergar. É a visão clarividente. É por isso que todos os filósofos e teólogos não conseguem compreender a verdade do mundo. Eles não veem a natureza da realidade enquanto ela se desdobra em concordância com os poderes e propósitos que operam a partir dos planos espirituais.

Em outras palavras, Gabriel inspira uma mente receptiva à visão e energia divinas. A CIA com todos os seus espiões, analistas e sua visão remota psíquica e a NSA com todos os seus satélites e vigilância eletrônica nunca alcançarão este lugar onde o futuro é compreendido. Em partes, é porque eles têm a atitude errada. A mente operando neste nível está cooperando e buscando desdobrar os propósitos divinos por trás do universo.

De tal perspectiva, é muito mais fácil alcançar o entendimento e a compreensão dos propósitos e mistérios da vida. Scrooge, em Um Conto de Natal, foi conduzido através do passado, presente e futuro para ver quem ele era, é e será. No processo, ele finalmente chegou a um momento em que seu ego e delírios dissolveram-se. Então ele conseguiu definir seus objetivos e prioridades de acordo com o que era importante. Seus olhos agora podiam ver a vida com uma luz interior.

No plano mental, Gabriel oferece um profundo e transcendente insight. Você enxerga suas experiências através dos olhos do amor divino. É uma maneira surpreendentemente diferente de ver. Evoca sentimentos profundos de integridade e conclusão. Estamos todos tocando partes de um grande drama de mistério. Dentro de cada um de nós existe um dom divino único de felicidade e estamos destinados a compartilhar isso uns com os outros.

Sobre este ponto, passo cerca de quinze minutos com Gabriel revendo o período mais solitário da minha vida. Foi uma época em que vive sozinho nos desertos e evitava a companhia humana. Gabriel me lembra da paixão e da dor daquele tempo e ele se concentra em o que está acontecendo dentro de mim.

Da perspectiva de Gabriel, eu fui levado por uma corrente psíquica inerente ao espírito humano. Inquieto, eu exigia uma resposta. Eu queria saber, através da experiência, qual era a fonte da paz, da serenidade, dos sonhos e visões subjacentes a todos os ideais, destinos e caminhos espirituais na Terra.

Nada mais me satisfaria. Eu estava cansado da corrupção, do egoísmo, da injustiça. Eu queria mais do que tinha visto até aquele momento. Eu queria a experiência básica que é parte de qualquer sistema genuíno de iniciação – eu queria me sentir unido ao universo.
Existe uma maneira de um homem se unir fisicamente a uma mulher. Há também um caminho para o espírito masculino se unir ao espírito feminino. Este foi o meu grande conflito. Eu não queria um sem o outro. Eu queria amar uma mulher com todo meu coração. Eu queria me unir a minha amada em todos os níveis do nosso ser - corpo, alma, mente e espírito. Pouco eu compreendida das dificuldades e obstáculos confrontando este desejo.

E assim você percebe que não é estranho que eu venha a este lugar utilizando evocação e sabedoria mágica para conversar com Gabriel cara a cara. Afinal, ele é o espírito que anunciou a Maria que ela seria a mãe de Cristo – o fundador de uma grande religião mundial que passaria o fogo dos judeus e o modificaria para que pudesse ser recebido por todas as nações.
Gabriel também compreende o mais elevado amor expressado em forma física. Ele é uma encarnação da visão e da voz que anuncia a aparição na Terra de tais coisas. Para colocar de outra forma, é muito mais fácil unir o masculino ao feminino se você entender e perceber como ambos são gêneros que surgem de uma bem-aventurança subjacente.

A união do masculino e feminino produz a mais elevada criatividade. É a fonte da mais alta sabedoria mágica. É construído no nome de Deus como Elohim - um substantivo masculino com um final feminino. Mas uma união tão poderosa requer uma paz interior e serenidade igual aos poderes dinâmicos que esta união desencadeia. Gabriel é um mestre cósmico desse aspecto da sabedoria. Eu incluí mais tarde um poema que escrevi que expressa a combinação de Luz divina e sensualidade física que, para Gabriel, não é separada, mas destinada a ser unida.

Autor: William Mistele
Tradução: Lucas Augusto

MISTELE, William. Gabriel. Disponível em: <http://williammistele.com/gabriel.html>. Acesso em 11/06/2018.

Trabalhando com o Arcanjo Gabriel - Parte II

 < Parte I

Por William Mistele

O AKASHA DA ESFERA LUNAR

Nesta esfera adentramos um nível de consciência um pouco mais profundo que o sonho lúcido, que traz uma percepção clarividente do passado e do futuro e como ambos estão conectados. Dentro da esfera lunar você é removido do tempo e sente as forças que moldam o mundo. Embora semelhante, o Akasha lunar é diferente do Akasha da Zona da Terra, na esfera lunar não existe um interesse em ser produtivo e obter resultados. O principal interesse é ser imóvel e agir como um espelho para que possamos perceber melhor o funcionamento do universo.


1° Nível da Esfera Lunar - Esta é a perspectiva de Nostradamus. É extremamente clarividente porque você alinha seu eu interior com o universo. Esta é a fonte da interpretação de Daniel da visão de Nabucodonosor. Você vê a ordem interna e a organização do mundo em termos dos eventos que se desdobram no tempo. Este nível de percepção akáshica acompanha uma perfeita clareza e compreensão.


2° Nível da Esfera Lunar – Como grandes rios, existem correntes espirituais que fluem através dos planos, essas energias também fluem através de nós e influenciam todos. Neste nível nos tornamos conscientes dessas grandes correntes psíquicas. Aqui você é livre para se unir à vida de qualquer ser humano ou espírito para que a inspiração e a energia do outro possam circular livremente e serem trocadas com as suas. É fácil esquecer como a luz do sol, a água e os alimentos são energias que constantemente absorvemos e circulam através de nós. O amor que nos foi transmitido por incontáveis gerações também vive dentro de nós agora. Não é uma grande surpresa, que nos planos espirituais, no reino da alma: vida, luz e amor sejam trocados livremente. Todos nós vivemos em um oceano de amor.

3° Nível da Esfera Lunar – este nível é como um templo que adentramos para nos tornarmos um com outra pessoa ou espírito para compreender tudo o que o outro é, foi e será. Aqui nos tornamos um com o outro através do poder do amor divino, da ternura e aceitação. Você abraça a inspiração da alma pertencente a outra pessoa. Este lugar é muito sagrado, maravilhoso, é uma verdadeira união de alma para alma e de coração para coração. Quando oramos pelos outros, transmitimos a eles um amor muito puro, alegria e energia de cura. Neste nível fazemos o mesmo. Transmitimos para o outro um profundo desejo de cura, e uma restauração que traga uma nova vida de pura satisfação e completude. É uma experiência que oferecemos ao outro para se sentirem preenchidos e completos. É uma maneira de estabelecer no outro uma sensação de que há amor transbordando da fonte de seu ser.

4° Nível da Esfera Lunar – Este é um nível cósmico de consciência. É possível compreender os propósitos cósmicos e identificar-se com eles por meio de uma Unicidade, de modo que eles fluem através de nós tão claramente quanto um espelho reflete a luz ou tão receptivos quanto um recipiente abarca água.

O 4° NÍVEL DA ESFERA LUNAR - O REINO DO ARCANJO GABRIEL

É no quarto nível que o Arcanjo Gabriel reside, seu trabalho e arte se estendem além do que a humanidade atualmente vive. Como uma raça, há muito que nós ainda não encontramos, sentimos ou não desejamos pesquisar. Mas Gabriel já um canal para essas energias cósmicas.

Quando chegamos ao domínio de Gabriel, enxergamos que ele está alinhado com o universo, refletindo e coordenando com seus poderes cósmicos e propósitos divinos. Ele canaliza energias cósmicas através de si mesmo sendo um com elas. Ele faz tudo isso enquanto mantém um estado de grande beleza, paz e serenidade.

Resumindo, no domínio do Arcanjo Gabriel, todas as épocas estão abertas ao seu olhar. Você enxerga o que foi e o que será e entende o porquê – qual parte da história é uma necessidade e qual parte é uma função da criatividade humana. Você enxerga tanto quanto queira, vê todos os detalhes, todos os eventos e todos os desejos sufocados e satisfeitos. E durante tudo isso você não perde o senso de serenidade.

Talvez se Bill Gates conhecesse este lugar, ele venderia suas ações da Microsoft e navegaria pelo mundo. Ele faria isso porque perceberia que a experiência de seus cinco sentidos é um tesouro maior a ser encontrado e dominado do que projetar tecnologia futura. Se Saddam Hussein conhecesse este lugar, ele renunciaria sua ditadura e se retiraria para a reclusão, mas primeiro ele construiria um templo para Deus, um templo mais majestoso do que todos os palácios que já existiram em qualquer civilização moderna ou antiga. Estando finalmente livre de todo o medo, ele saberia que todos os homens são seus irmãos, preenchidos pela Presença Divina. Sobre as portas do templo ele escreveria:

“A beleza que vocês veem é apenas uma sombra da glória que brilha dentro de cada um de vocês”.

Se Gloria Steinem pudesse fechar os olhos deixando que essa gentileza penetrasse em seu coração, ela renunciaria o feminismo e também ao seu pensamento de que os homens são inúteis. Ela faria isso porque finalmente enxergaria que os gêneros surgem de uma bem-aventurança subjacente. Como um viciado em cocaína, mas sem a droga e sem o vício e a necessidade, suas veias seriam preenchidas com uma potente convicção sobrepujando todas as outras sensações. Ela saberia que ela mesma, e não as ações políticas ou as vontades dos outros, é a fonte de toda a liberdade. Escrevo estas palavras não para ser engraçado, mas para deixar claro que a energia proveniente da visão deste domínio, da profecia e do êxtase divino pode transformar qualquer ser humano.

Os profetas costumam dizer que as visões que lhes são mostradas tem um gosto amargo. E assim deve ser. Quem pode compreender o sofrimento da humanidade? A compensação por esta dor necessária é nosso crescimento. Existe um lugar dentro do coração onde todo o sofrimento chega ao fim e a tristeza e a perda desaparecem junto com o inverno e dão lugar a primavera. Vamos abrir o portão para este reino interior para que todos, sem exceção, possam encontrar uma paz que não tenha fim e onde cada homem e mulher provem por si mesmos o êxtase da visão divina.

A AURA EXTERNA DO ARCANJO GABRIEL

A energia externa da aura de Gabriel é muito pura e clara. Tem uma profunda quietude que lhe permite enxergar através do tempo, essa capacidade é a visão clarividente, mas sua função é permitir que você perceba como os grandes propósitos da vida estão sendo cumpridos. A vida está sujeita a imensos poderes e forças destinadas a forjar e moldar seu curso, mas tudo o que existe é mantido nas mãos do amor. Não há nada que não posso ser refeito, remodelado, recriado e transformado em felicidade.
 
Se você é lançado em uma enorme prisão, Gabriel tem as chaves para te libertar. Se sua tarefa é destituir um grande tirano, Gabriel conhece os meios para conseguir isso. Se seu sonho é por justiça, igualdade e uma nação fundada na liberdade, Gabriel, mais macio que uma brisa do Leste, pode sussurrar nos ouvidos dos homens que serão os líderes que farão isso acontecer. Se sua sede é pela sabedoria divina, por dominar os poderes da criação, com a ajuda de Gabriel, você estabelecerá na Terra uma universidade com sabedoria o suficiente para iluminar as nações e trazer paz a este mundo. Aqui, o currículo combina astrofísica e profecia, química e palavras de poder que transformam a história. É da natureza do Criador que todo o conhecimento, poder, sabedoria e criatividade alcancem seu nível mais elevado quando iluminados pelo amor. Aqueles que experimentam o êxtase da visão divina são capazes de falar com total certeza daquelas coisas que “serão”.

A AURA INTERNA DO ARCANJO GABRIEL

Os espíritos da Zona da Terra, isto é, da aura que envolve nosso planeta com seus planos internos, compartilham um único tema.  Eles manifestam coisas, são energéticos, dinâmicos e produzem resultados. Eles fazem o trabalho, são frutíferos e possuem um impulso para criar realidades que perduram através do tempo.

A Zona Lunar, apesar de ter uma estreita afinidade com a Zona da Terra, é ligeiramente diferente. Isso é claramente visto na energia interior do Arcanjo Gabriel, sua energia é o Akasha, mas este Akasha embora compreenda completamente o processo de manifestação das coisas que foram e serão, funciona mais como um útero. É um espaço amoroso e sutil que engloba todo o espaço, tempo e história. Sua natureza é nutrir. 

Ele dá as sementes – isto é, propósitos espirituais – um lugar onde elas possam amadurecer para que estejam prontas quando chegar a hora de surgirem no plano físico. Gabriel sabe todas as coisas que irão acontecer, mas sua natureza é uma dádiva através da qual os propósitos, sonhos e ideias mais profundos do seu coração possam ser cobertos em substâncias, assumirem formas, e tornarem-se reais.

Qual é o plano divino para a sua vida? Há muitas pessoas que pensam que podem te dizer qual é. Mas Gabriel, que governa a esfera de Yesod e a Zona Lunar, não dirá nem mesmo o que Deus deseja para a sua vida. Isso deve ser encontrado dentro do seu próprio coração e você deve descobri-lo sozinho. Ninguém mais pode fazer isso por você. Caso contrário, não haveria necessidade de liberdade e o crescimento não implicaria descoberta, mas seria uma questão de clonar uma pessoa à imagem de outra.

Porém, com grande receptividade, o Arcanjo Gabriel pode iluminar os desejos e sonhos que já existem dentro de você. Se ele disser: “isto é o que está dentro do seu coração”, você será capaz de dizer: “sim, reconheço isso, já senti isso antes, mas nunca imaginei que pudesse se tornar realidade”. Para Gabriel, o tempo e o espaço existem para cumprir as visões do coração. Os sonhos que você esqueceu e os anseios que foram conduzidos profundamente ao inconsciente – Gabriel os ressuscita para que você os veja agora e os compreenda com perfeita clareza. Então ele pode enunciar quando e onde, de acordo com o tempo e as estações da vida, esses desejos se tornarão realidade.

Se você quer conhecer a aura interior do Gabriel, imagine um mar de infinita luz prateada, este mar penetra, como o Akasha, todo o espaço e tempo e mantém o mundo em seu coração com amor, bondade e ternura. Em uma metáfora, você abrange tudo o que foi e será como se sua consciência fosse o útero de uma mãe. É seu desejo manter toda a vida protegida e confortada como uma criança em seu próprio ser.

Se você conseguir imaginar isso, então você consegue compreender a profundidade, amplitude e alcance da visão deste Arcanjo e o grau em que ele está intimamente envolvido com cada um de nós. Dito isso, esta não é uma energia encantadora, ela possui uma alta intensidade de inspiração que clama que você busque e alcance seu maior ideal.

Há uma semelhança entre a energia de saturno e da lua. Saturno exige que dominemos o espaço, o tempo o plano físico completamente para que possamos alcançar a liberdade absoluta. As limitações, obstáculos, dificuldades e términos da vida existem para nos lembrar de assumirmos a responsabilidade total de nós mesmos.

A energia lunar de Gabriel não perturba as exigências e rigores da vida ou a disciplina que devemos dominar. Em vez disso, a perspectiva de Gabriel, é que para viver com a força interior que necessitamos nós precisamos ser inspirados por nossos maiores sonhos. Precisamos enxergar a vida através dos olhos da visão divina. Então, nosso compromisso nasce naturalmente e nosso contentamento é tão profundo quanto o universo em que habitamos.

A ternura de Gabriel tem uma qualidade saturniana. Sua visão surge de uma concentração que é mais rígida que titânio e mais cristalina e afiada que diamante. Você talvez perceba os obstáculos de sua vida como insuperáveis, mas para Gabriel, a matéria é mais fluída que a água e mais fina que o ar, e responde a sua vontade.

Você pode dizer: “estou preso, não consigo seguir em frente”. Mas o Arcanjo está diante de você. Ele vê que a sua mente e a mente dele têm o mesmo poder. Ele só tem mais prática. A chave é falar com Gabriel com a voz de Deus que está dentro do seu coração, cuja voz brilha dentro de seus sonhos e visões. Então Gabriel não resiste, cada aspecto do ser dele existe para prestar assistência e cumprir essas coisas. Então, ele diz: “o que você pede virá a ser, pois tenho os meios para unir o tempo e a eternidade”.

A fonte interna de inspiração de Gabriel: o espírito é infinito, sem começo nem fim. Ele derrama continuamente amor, poder, sabedoria e energia ilimitada. O universo está sendo constantemente transformado em uma nova criação. Embora o Mistério esteja além de toda compreensão, dentro do coração de cada pessoa queima a mesma chama. Por esta razão, nós somos chamados de filhos e filhas de Deus, porque a substância e a criatividade de Deus estão dentro de cada um de nós.

Autor: William Mistele
Tradução: Lucas Augusto

MISTELE, William. Gabriel. Disponível em: <http://williammistele.com/gabriel.html>. Acesso em 01/06/2018.